17 de novembro de 2010

Ave Maria - Beyoncé

Coincidentemente, ou não, dias antes do falecimento de minha avó, vim saber da existência desta música e desde o primeiro momento que a ouvi ela me sensibilizou bastante. Fiquei tocada pela melodia e pela letra. Por dias, fiquei cantarolando o que consegui guardar na memória. Ia dançar esta música no espetáculo de final de ano da academia de dança que frequento há muito tempo e no qual minha mãe é sócia. Mas, por uma série de acontecimento e, como ponto final a morte da minha vó, achei melhor não dançar. Embora a dança fosse o que minha vó gostava de me ver fazendo, sei que pela música e pelo que ela representa pois minha vó era muito religiosa, não iria conseguir me manter firme no palco. Hoje, ouço esta música em prantos, mas também sei que ela vai me ajudar a superar e a suportar. E, quando eu ouvi-la novamente, sem chorar, saberei que a dor está sarando e estarei aceitando a partida de minha vó.


Ave Maria

She was lost in so many different ways

Out in the darkness with no guide
I know the cost
Of a losing hand never found the grace of GodThough I
I found heaven on Earth
You are my last, my first
And then I hear this voice inside
Ave Maria

I've been alone
And then surrounded by friends
How could the silence be so loud
But I still go home
Knowing that I've got you
There's only us when lights go down
You are my heaven on Earth
You are my hunger, my thirst
I always hear this voice inside
Singing Ave Maria

Sometimes love can come and pass you by
While you're busy making plans
Suddenly hit and then you realize
It's out of your hands
Baby you got to understand
You are my heaven on Earth
You are my last, my first
And then I hear this voice inside
Ave Maria

16 de novembro de 2010

Carta de despedida

Hoje faz sete dias que minha vó se foi. A dor da saudade ainda é grande e acho que mesmo após anos, a imagem mais marcante que terei na memória é a dela, entubada, inconsciente, em um CTI. Fiquei muito perturbada com esta cena. E depois de ficar ali, ao lado de seu leito, esperando por apenas um momento de consciência e lucidez para me redimir de meus atos, percebi a absolvição que talvez nunca viesse.

A gente sempre acha que está preparado para o pior. Mas, nunca está. A gente, embora entenda racionalmente a situação e às vezes prefira que o ente querido se vá a ficar sofrendo, privado de suas vontades e em cima de uma cama, nunca sente racionalmente a situação. Somos totalmente emocionais e passionais. E embora a gente venha amaciando em nossa mente a hora da notícia da partida, o adeus final nunca é como imaginamos ou ensaiamos. E a ficha da perda não cai totalmente na hora não, muitas vezes só dias depois, com o passar do tempo e as situações rotineiras que somos forçados a enfrentar: a ausência à mesa, nas refeições, o diálogo diário, o quarto cheio de lembranças, a casa vazia, a vida meio sem sentido.

Fiquei desde o dia em que ela se internou no hospital pensando em algumas questões que talvez eu não tivesse me dado conta antes ou que não tivesse dado a devida importância. Questão estas que agora são tarde demais para resolver no plano material e só me resta o entendimento dela no plano superior, elevado, espiritual.


“ ... acariciando sua pele fria e trêmula, já pressentindo suas ultimas horas de vida, esperançosa de um olhar de reconhecimento em vão. Por tantas vezes ignorei ou reclamei de frases triviais dita-me ao longo do dia, como: olha o pé não chão; não esqueceu de nada?; já pegou o guarda-chuva?; saiu do banho quente e tá abrindo a geladeira!; não dorme de cabeça molhada, não faça isso, faça aquilo outro... agora rezo para escutar. Pago hoje o preço de não ter dado o devido valor em vida tanto quanto você mereceu! A gente sempre acha que já disse tudo a alguém, e nosso maior erro é achar que o outro sabe de tudo que pensamos e sentimos explicitamente. Sendo assim, me pergunto: A senhora sabia o quanto eu te amava? Acho que não aproveitei todos os dias em que esteve sã e saudável para poder dizer e demonstrar o quanto você era de fato importante para mim. Foi através de seus primeiros cuidados que me tornei a pessoa que sou hoje. E por causa de suas broncas e repreensões soube cultivar valores e atitudes que carrego comigo para a vida toda. Ao mesmo tempo que era durona e impunha respeito tinha um olhar doce e um jeito meigo que me fazia crer que de você tudo eu conseguia ter. Sua bondade era infinita e sua paciência eterna. Qualidades estas que tento inserir em mim. Sei que de onde está hoje, em algum lugar lá em cima, me ouve e me guia, e desta forma, eu te falo: obrigada! Por todas as vezes em que esteve ao meu lado, mesmo que eu estivesse errada, me ensinando o certo. Por todos os cuidados nas horas que eu estava doente. Por todas as rezas que desprendeu para mim quando eu me encontrava fora de casa e se preocupava com meu bem estar. Por todas as vezes que eu te solicitei e você voltou. Por sempre ter mudado seu caminho em função dos meus. Já que dizem que nunca é tarde para se agradecer. Espero não estar esquecendo de nada. Caso contrário, posteriormente agradecerei, em nossas conversas mentais diariamente. Ah, e espero que você também me perdoe, com sua imensa generosidade. Por todos os momentos de briga, intolerância, incompreensão ou rispidez. Desculpe a minha arrogância e ignorância por não perceber suas necessidades e fazer pré-julgamentos de suas atitudes. Sei que agora é um pouco tarde para olhar em seus olhos a procura de uma menção de perdão. Você me olha, mas não me vê. Me ouve, mas não me escuta. Me toca, mas não me sente. Seus sentidos estão se indo, junto com a sua consciência. Mas a minha fica aqui, pesada, cheia de culpas e arrependimentos, por saber agora que antes eu tinha todo o tempo do mundo para falar, aproveitar, dar valor e principalmente ouvir mais, de você, da sua história, das suas vivências, da sua experiência e ter desperdiçado com atividades banais ou pessoas agora sem importância. Ah, se o tempo voltasse, mas não volta! Não sei se eu faria diferente... mas poderia tentar. Meu consolo é saber que você teve uma boa vida e, dizem as más línguas que aproveitou a vida que teve. Soube viver! Será que sim ou suas escolhas e as de terceiros a acabaram levando a vida que tinha até dias atrás? Acho que nunca saberei. Mas prefiro ficar com a versão de que era satisfeita, realizada e feliz. Só quero que me prometa uma coisa, entre tantas outras que já me prometeu: que nunca vai me esquecer. E que sempre dará um jeito de vir me visitar e estar perto de mim. Me orienta, cuida, abençoa, como sempre fez. Se faça presente, como era de sua pessoa. Acalenta minha alma. Conforta minha dor. Porque eu vou contar com isso. E se for possível, se permitirem aí em cima, venha em sonho, visão ou sensação me contar como é o outro lado da vida. Se é bonito como aparece nas novelas. Se é calmo e exala paz. E como são os anjos? Tem asas, rs? Já encontrou alguém da família, pais, irmãos, marido? E você volta quando? Hein? Vamos nos encontrar daqui a algumas vidas novamente? Espero, ansiosamente, que sim! Que em minhas orações encontre uma forma de manter viva a nossa ligação e acesa o meu amor e carinho por você. Deixando assim, em mim a sensação não do Adeus definitivo, mas somente do Até Breve. Deitada, agora em sua ex-cama, agarrada aos seus ex-travesseiros, lentamente vejo os dias passarem e dentro deles oscilo entre muita e pouca falta, mais ou menos saudade. Dizem que o tempo ameniza a dor, não sei. Nunca passei por uma perda tão próxima. Mas uma coisa é certa, seu lugar sempre vai estar garantido entre nós e em meu coração, assim como na lembrança e nas pequenas coisas do dia. Sua presença não só é muito forte dentro desta casa, mas em todos nós que cercávamos você ou que por você éramos cercados. Você era o seio da família e a razão de vida minha e de minha mãe. É, não tem jeito, você se foi, mas deixou sua maior herança para nós... você em vida. Ter nos dado a oportunidade da convivência e do aprendizado com você. Isto é meu maior tesouro. Como nas suas orações, sei que está bem guardada e acomodada aí em cima, ao lado do nosso Senhor. E vai continuar sua jornada ajudando outros assim como fez em vida, aqui na Terra. Faça o bem e seja boa como sempre foi. Esta agora é sua nova missão. E, missão dada vó, é missão cumprida. Com certeza!”



Neguinha (Fernanda)

11 de novembro de 2010

"A morte não é nada..."

Pois é, depois de séculos de omissão, estou de volta! Eu acho. Muita coisa aconteceu em minha vida e uma delas foi o adoecimento e a perda da minha vózinha querida. O que, obviamente, mexeu muito comigo. Ela se foi tem 3 dias mas parece uma eternidade para a saudade. Para a lembrança, é como se ela nunca tivesse deixado de estar aqui. E para a dor que causava vê-la sofrer em cima de uma cama e padecer um pouquinho a cada dia, tenho alívio de saber que ela descansou, em fim, na santa paz da Deus, nos braços do Senhor. O fato é que desde o início da doença ate o término dela que culminou com o término da vida de minha vó, meus dias se resumiam a cuidar dela ou a me revezar cuidando dela com minha mãe, cunhada, madrinha e todos da minha casa. Infelizmente, todo este esforço foi em vão e dia 8/11/2010, às 18:22, por falência múltiplas dos órgãos, o câncer em seu fígado que se alastrou por todo seu corpo frágil e amarelado a esta altura ganhou a briga que ela travava com a vida. E, para deixá-la ir, como se deve, me proponho a voltar a minha vida, a ocupar meu tempo, meus dias com a minha rotina cotidiana.

Na falta de palavras para descrever o sentimento que borbulha dentro da gente após uma perda, encontrei este texto que possui uma mensagem de conforto. Conforto este que nem sempre sentimos, embora saibamos que a pessoa que se foi algumas vezes, esteja melhor assim, longe do que perto e sofrendo. A aceitação demora a chegar e tem horas que percebemos que só o tempo dará jeito... Este texto me lembrou a minha avó em sua essência, pois se ela pudesse tecer algumas palavras com sabedoria agora para nós, que aqui ficamos com uma saudade e dor imensas, seria assim:




A MORTE NÃO É NADA

“ Eu apenas passei para o outro lado do caminho

Eu sou eu, vocês são vocês,

O que eu era para vocês, continuarei sendo.

Dêem-me o nome que sempre me deram,

Falem comigo como sempre fizeram.

Vocês continuam vivendo no mundo das criaturas,

Eu estou vivendo no mundo do criador.

Não utilizem um tom solene ou triste,

Continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos,

Rezem, sorriam, pensem em mim.

Rezem por mim.

Que meu nome seja pronunciado como sempre foi,

Sem ênfase de nenhum tipo,

Sem nenhum traço de sombra ou tristeza.

A vida significa tudo que ela sempre significou,

O fio não foi cortado.

Por que eu estaria fora dos seus pensamentos?

Agora que estou apenas fora de suas vidas?

Eu não estou longe,

Apenas estou

Do outro lado do caminho...

Vocês que aí ficaram

Sigam em frente,

A vida continua linda e bela

Como sempre foi”



Santo Agostinho




4 de outubro de 2010

Na terra do 'se'...

Por isto que eu gosto da Marta Medeiros... das coisas mais simples saem textos maravilhosos, cheios de emoção e que nos levam a refletir sobre nós mesmos e nossa ações. A bola da vez é o 'se', que pode ser substituído por 'mas', 'porém', 'talvez'. Djavan, escreveu uma música com o mesmo nome para transpor as avessas de uma relação, onde um quer uma coisa, o outra quer outra e no meio fica a dúvida do 'se'. Bom, o texto é uma delícia e, apreciando ou não a autora, espero que alguma destas passagens aponte de uma forma particular para você, leitor.

" Se quem luta por um mundo melhor soubesse que toda revolução começa por revolucionar antes a si próprio.
Se aqueles que vivem intoxicando suas famílias e seus amigos com reclamações fechassem um pouco a boca e abrissem suas cabeças, reconhecendo que são responsáveis por tudo o que lhes acontece.
Se as diferenças fossem aceitas naturalmente e só nos defendêssemos contra quem nos faz mal.
Se todas as religiões fossem fiéis a seus preceitos, enaltecendo apenas o amor e a paz, sem se envolver com as escolhas particulares de seus devotos.
Se a gente percebesse que tudo que é feito em nome do amor (e isso não inclui ciúme e a posse) tem 100% de chance de gerar boas reações e resultados positivos.
Se as pessoas fossem seguras o suficiente para tolerar opiniões contrárias às suas sem precisar agredir ou despejar sua raiva.
Se fôssemos mais divertidos para nos vestir e mobiliar nossa casa, e menos reféns de convencionalismos.
Se não tivéssemos tanto medo da solidão e não fizéssemos tantas besteiras para evitá-la.
Se todos lessem bons livros.
Se as pessoas soubessem que quase sempre vale mais a pena gastar dinheiro com coisas que não vão para dentro do armário, como viagens, filmes e festas, para celebrar a vida.
Se valorizássemos o cachorro-quente tanto quanto o caviar.
Se mudássemos o foco e concluíssemos que a felicidade não existe, o que existe são apenas momentos infelizes.
Se percebêssemos que a diferença entre ter uma vida sensacional e uma vida sensacionalista.
Se acreditássemos que uma pessoa é sempre mais valiosa do que uma instituição: é a instituição que deve servir a ela, e não o contrário.
Se quem não tem bom humor reconhecesse sua falta e fizesse dessa busca a mais importante de sua vida.
Se as pessoas não se manifestassem agressivamente contra tudo só para tentar provar que são inteligentes.
Se em vez de lutar para não envelhecer, lutássemos para não emburrecer.
Se."


Sem mais a dizer...

Beijos!

15 de setembro de 2010

Eu Confesso!!!!

Dando uma passadinha para dar uma olhada nos posts de meus blogs favoritos, vi este texto que me chamou a atenção. Não é nada demais, mas não sei por que me interessou tanto. Acho que me identifiquei por acabar sendo um reconhecimento do que a gente sempre quis ou não e acabou fazendo o contrário de nossa vontade. Ou nunca nos demos conta do que realmente queríamos na vida. Ou, até mesmo nunca confessamos, nem pra gente mesmo, só pra não dar o braço a torcer. Rsrsrs... coisa de louco, né? Mas a brincadeira é bem legal. Começou em outro blog e a escritora, Dama de Cinzas, do blog que eu acompanho resolveu entrar na brincadeira... e eu, peço licença à minha amiga e tb vou nessa.

A brincadeira chama-se: Eu Confesso! E, é mais ou menos assim...



1) Desde pequena, sempre quis ir para um acampamento nas férias, mas nunca consegui.

2) Meu sonho de infância até hoje não sei qual é. Me formei em jornalismo, agora estou fazendo segurança do trabalho, mas gosto de tantas áreas que se tivesse tempo e dinheiro, faria de tudo um pouco, rs. Já quis ser advogada e veterinária tb.

 

3) Nunca quis me casar na Igreja e nunca sonhei com festa de 15 anos (apesar de ter tido uma). Mas hoje, com a certeza de querer montar uma casa e uma família, já vejo este momento com outros olhos.

 

4) Não sei se na verdade eu quero ser mãe. Penso na hipótese, mas tenho medo. Principalmente, de fracassar no papel. Tenho vontade de adotar uma criança tb, conforme foi comigo.

 

5) Amo viajar. Queria conhecer o Brasil e o mundo. Tenho uma vontade louca de conhecer a Europa, principalmente Paris, mas só saí da América do Sul a pouco tempo. O máximo foi um cruzeiro para Buenos Aires e Punta Del Leste, rs.



6) Tenho vontade de um dia ter um lugar com bastante espaço para eu poder ter um monte de animais, coisa que eu amo!



7) Tenho medo de ter vivido pela metade até hoje. De não ter sentido a real essência da vida. De não ter aprendido com meus erros. Do tempo passar e eu não ver.



8) Detesto lugares bucólicos e silenciosos. Sou totalmente urbana, gosto de multidões, agitos e muita bagunça!



9) Consigo dançar para uma plateia de 100 pessoas tranquilamente, mas não consigo falar em público pra meia dúzia de pessoas com a mesma calma. O chão some, a cabeça dá voltas, fobia total.



10) Sempre quis morar sozinha, mas nunca tive oportunidade financeira para fazer isto.



11) Sempre quis seguir a carreira de bailarina, casar com a dança. E ser jogadora de vôlei. Mas a vida me obrigou a ir e voltar das atividades tantas vezes que, desmotivei.



12) Já peguei o telefone 1000 vezes para uma reconciliação em especial, mas perdi a coragem. Preferi ficar com as minhas verdades!



13) Sempre fiz de não ligar para relacionamentos sérios, mas adoro um xamego, um cuidado, um abraço e declarações de amor a toda hora. Gosto de namoro, de casalzinho e de ficar sempre junto.



14) O meu mal é nunca estar satisfeita com as coisas e as pessoas. Quando acho que tenho tudo que sempre quis ter, ainda continuo pensando no que poderia ter sido diferente.



15) Tenho medo da solidão. Dos meus amigos me esquecerem!



16) Não gosto muito de mudanças em minha vida, embora apoie sempre que elas devam existir. De preferência, para os outros e nunca pra mim, rs.



17) Sou louca por comer bombons na madruga enquanto vejo filmes na TV.



18) Tô ficando velha. Impaciente, reclamona, chata, sem pique e cansada. Não para tudo, claro. Mas para muitas coisas que antes eu achava “o máximo”, hoje eu apenas acho “legal”.



19) Sou muito boa para falar de atitudes em momentos decisivos e importantes. Mas uma droga colocando estes mesmos em ação quando necessário.



20) Queria ter tido coragem para em muitas ocasiões bater o pé, peitar quem fosse, mas assumisse minhas vontades e decisões. Mas, por pensar mais nos outros do que em mim, muitas vezes, me calei!

21) Tenho dificuldades para perdoar, esquecer e seguir em frente...



Bom, acredito que não seja só isto. Mas há de convir que não dá para confessar 27 anos em algumas linhas. Coloquei as mais marcantes, para mim. Quem sabe, mais pra frente, tem mais?

E vcs, o que têm a confessar??? Hein????



13 de setembro de 2010

Hospital público, quero nunca precisar...

Quem diz que sabe o que é o caos da saúde pública do nosso país, está mentindo! Se a pessoa se compadece com as notícias que saem nas mídias sobre descaso dos médicos, instalações lotadas, falta de equipamentos, remédios e leitos até pode imaginar como deve ser. Mas saber, saber mesmo, só quem precisa de um e não tem.

Este fds passei um perrengue com o meu sogro, passando mal, com diagnóstico de prioridade no atendimento emergencial c/ internação e nada acontecia. Os médicos – alguns – não conseguiam trabalhar em meio a tanto tumulto formado pela população que desamparada de hospitais com recursos e vagas já não sabiam mais para onde ir. Os enfermeiros, estressados, destratavam pacientes, davam remédios que nem eles sabiam dizer para que servia ao certo e nem tinham certeza de que estavam atendendo o paciente certo. Os atendentes das emergências estavam entre a cruz e a espada: se mandavam entrar os pacientes necessitando de cuidados, os médicos já enlouquecidos brigavam e mandavam os mesmos de volta à recepção. Se mandava o paciente aguardar pelo atendimento na recepção para ver se esvaziava a unidade, era quase linchado. Um horror!!!

E não parava de chegar gente! Para cada 10 que chegava, saia 1. Grande...

Tudo bem, a situação da saúde está precária e agora em época de campanha é a promessa de muitos candidatos: fazer alguma coisa para melhorar a situação. Mas, qual seria a solução? A construção das UPAs foi pensada como uma saída para “desafogar” os hospitais, mas mesmo assim, eles continuam lotados. Construir mais hospitais? Melhorar os salários dos funcionários da saúde? Contratar mais médicos? Colocar mais equipamentos em estado de uso? Ampliar as instalações? Adequar os serviços prestados de acordo com as necessidades de cada unidade? O que fazer????

A resposta é que não dá mais para fazer vistas grossas. E nem tentar “maquiar” uma calamidade desta. Quem não ganha o suficiente para pagar um plano de saúde que custa os olhos da cara, morre? Pois é o que parece. Ou então, entra na fila - mais uma - para ver se é escolhido para ser atendido. Por que, só assim mesmo!

Tudo bem que se não há condições suficientes para trabalho, não podemos obrigar que seja feito um serviço de qualidade, mas ao menos cobrar de médicos, enfermeiros e afins que façam valer da ética e tenham profissionalismo, fazendo um trabalho sério e de responsabilidade. Não sendo negligentes, largando ao acaso e “lavando as mãos”, como eles mesmos gostam de dizer o tempo todo. Nunca fiz medicina, nem irei fazer. Não tenho vocação. Mas acredito, que em qualquer profissão, o juramento na hora da formatura seja fazer todo o possível, dar o melhor de si. Quem trabalha com vidas então, é responsabilidade dupla, tripla. Pois há mais gente por detrás daquele paciente deitado na maca, sem medicação, no corredor do hospital, jogado pra lá e para cá como uma sacola sem utilidade.

Se não dá pra cobrar mais... infelizmente, quero cobrar apenas respeito e dignidade para com os que necessitam de pelo menos atenção. Você médico, de repente não vai ganhar mais que seu salário, seu turno não vai diminuir e as cobranças não vão desaparecer. Mas se tiver consciência que um gesto ou ação pode mudar uma vida... com certeza em você, doutor, alguma coisa mudará.


Boa noite!!!

10 de setembro de 2010

A verdade sobre amizade...

Adorei este texto! Por ele ser autêntico e verdadeiro quando se fala de amizades. Nem sempre são flores, risos, abraços, compreensão, aceitação e uma foto perfeita para enfeitar o quarto. Há o lado difícil da amizade também. Como é muito bem demonstrado aqui, no texto que segue abaixo. Amizade é uma via de mão dupla e cada um tem que fazer a sua parte para que se mantenha acesa a chama, o sentimento. Amizade não se julga, amizade não se cobra, amizade não se molda... ela simplesmente é porque é. E só é desta forma porque as pessoas amigas podem ser elas mesmas, senão o tempo todo com o mundo, ao menos para você - amigo!
Sábado (04/08) foi a festa de niver de uma das minhas melhores amigas, Tatá. Na verdade, quase uma irmã, diante de todos os momentos que passamos juntas uma da outra. E conosco seguem mais 2 que fazem parte para fechar o ciclo de felicidade e toda a diferença em minha vida. Sabemos que relacionamento a dois já difícil, imaginem a 4 rs? E algumas vezes, temos problemas, temos distância, temos chateação, temos falta de comunicação, temos verdade absolutas momentâneas, rs. Temos um pouco de tudo que nos diz o texto. Mas o que nos une é o nosso sentimento e a certeza de que possuímos ao lado alguém que verdadeiramente está conosco para o que der e vier. Que mesmo com a distância quando há no presente, quando nos juntamos parece que o tempo não passou. Amigo nem sempre aceita o que você faz, mas gosta de vc pelo que vc é. Joia rara lapidada, agradeço a Deus por vcs existirem... AMIGAS!



"Amizade é bonito



Amizade também é complicado


Nos dá imenso prazer e tambem


Nos faz chorar por conta de ingratidões, E falhas de comunicação.


Amigo é pra distrair, e


Amigo é pra chorar junto...


É pra jogar conversa fora,ou pra ficar quieto do lado.


Amigos vão e vem...


Ás vezes os mesmos...


Que se afastam sem mais nem porque


E retornam sem mais nem porque...


Amigo precisa falar mais


Discutir mais


Sem medo de ser feliz ou ser descabido...


Amigo que é amigo entende, ou


Deveria tentar entender...


Amigo tem que dizer verdades


Amigo tem que saber ouvir as verdades,


Mesmo que isso incomode...


Amigo é uma das peças mais importantes da vida!


Então, por amizade... insista, procure, entenda


Meça os pontos de vista, se coloque no lugar ''um do outro'',


E sinta se aquilo é correto para ambos os lados!


Brincadeira que só agrada a um, não é brincadeira...


Amigo que se desentende com outro


Tem que ter coragem e encarar...


Amigo a gente ganha de Deus e conserva, pois


Um grande amigo só se perde com a morte!"


                                                                                                
       

9 de setembro de 2010

Perdão: a nobreza da alma!


“Me perdoa! Eu errei... desculpas”. Aparentemente, uma frase á toa que nem sempre é tão fácil de dizer. Na hora que ele tem que ser dita, às vezes engasga-se, dá um nó na garganta e a gente acaba engolindo a seco o que deveríamos colocar para fora.

Existe também uma preparação para se chegar a esta resolução. Não adianta estar com os nervos à flor da pele, com os sentimentos confusos e se deixando levar ainda pelo calor da emoção dos fatos ocorridos. Tem que ter um tempo para digerir a situação e se encontrar com seus sentimentos. Como diz o escritor Augusto Cury, “há um tempo para tudo na vida”.

Como toda história tem dois lados, não é fácil de uma hora para outra a gente abrir mão de nossas verdades, de nossas emoções, nossas certezas e convicções dos fatos que nos cercam. Mas temos que tem bom senso para saber também quando nos desapegarmos, a hora X para resolver tal problema e não ficar prolongando ele de maneira penosa, desgastante e chata não só pra quem vive a situação, mas para todos que nela estão envolvidos. Uma coisa é a gente se sentir em nossa razão ou direito de estarmos magoados e de agirmos de determinada forma, outra é persistir numa situação por teimosia, orgulho ou preconceito. Aí, não dá. O espírito tem que evoluir.

Tá certo... não posso dizer que perdoei alguém que me magoou muito de peito aberto pura e simplesmente. Em alguns casos não há o entendimento necessário e nem o “selar a paz” que tanto desejamos. Mas passar por cima por mim mesma já é o suficiente. Dependendo do perdão, faz bem pra alma pra gente continuar prosseguindo na vida, sem nos sentirmos presos há mágoas passadas. Mas há outros tipos de perdão que são ligados a incompreensão daqueles que nos cercam. Às vezes somos magoados pelo simples fato de terceiros não aceitarem ou a gente ou nossas decisões. E aí, na discórdia, cada um para o seu lado. E este perdão está mais ligado para tranquilizar o ambiente e a convivência.

De qualquer maneira, conhecer seus limites, avaliar a situação, ponderar as atitudes e no momento considerado certo por nós, se dar a chance de perdoar algo ou alguém é fantástico. Enobrece a alma, esquenta o coração, exercita os bons sentimentos e enfatiza os valores que possuímos aqui dentro. Não podemos ser tão intransigentes assim. Se na vida tudo muda, até o curso do rio, que horas corre mais agitado, horas mais calmo, por que nós seres humanos passíveis de erros, teríamos que nos manter convictos com relação às nossas decisões? Tem horas que temos que avaliar até que ponto vale a pena levar uma situação extremada a fundo? Tem momentos que outras situações são mais necessárias que se faça deixar em 2° plano algum mal estar ou confusão mal resolvida! E não é sinal de fraqueza e sim de crescimento espiritual e também de uma conduta, uma postura correta. Super elevar uma situação não vai levar ninguém a lugar algum!

Confesso, nem sempre foi fácil perdoar, como não era moleza esquecer e virar a página. Mas muito pior arrastar este martírio e persistir na situação. Quando não dá, não dá. E aí, cada um sabe aonde vai dar o buraco que cavou. Mas se há uma chance, por que não?

Enfim... aprendo cada vez mais comigo mesma a nunca dizer nunca! Aprendo a me dar uma chance, porém me respeitando e aos meus limites, meus sentimentos. Não aceito que passem por cima de mim, mas estou disposta a recomeçar se a pessoa reconhecer seus erros ou ao menos deixar pra lá, como se costuma dizer por ai. Então, tudo zerado no Maracanã da vida, bola pra frente que atrás vem gente!



2 de setembro de 2010

Cenário político, até debaixo d’água


É de endoidecer!

Época de campanha política se duvidar sai candidato até debaixo da nossa cama. Um horror! É cada nome que eu nunca ouvi falar. E as ideias? Cada uma mais tosca que a outra. Se cara fosse requisito para se candidatar, a maioria já teria sido reprovada. Juro! Tem uns que têm cara de bêbados, outros de sujos e uns tantos outros de malucos. E a gente que ature....


O papinho é sempre o mesmo: criticar os adversários e prometer, prometer e prometer. Só que eles se esquecem que o povo cobra (às vezes), e que se a população algumas vezes se vê com a memória fraca para a campanha do eleito posteriormente, as mídias não. Pelo contrário, estão de olhos e ouvidos bem abertos, e caso aconteça de alguma promessa cair no esquecimento, ela rebate do candidato. Que nem foi com o candidato a agora senador, o ex-prefeito do Rio, César Maia. Durante seu mandato não honrou a promessa de campanha que fez de levar o metrô até Itaboraí. Tudo bem, às vezes a inviabilidade se dá porque a decisão tem que ser aprovada e amparada financeiramente por outros órgãos. Mas, se então não há certeza de tornar viável algum plano, não prometa. Que nem o candidato Sérgio Cabral, que prometeu levar a “inclusão digital” para todos, implantando computadores em todas as escolas da rede pública, das grandes cidades e do interior do país. Vê lá se isto é possível? Se fosse, já teria sido feito! Mas falta verba. Porque no nosso Brasil, cobre a cabeça e descobre o pé. Agora ele se preocupa com o transporte público e quer aumentar a linha de alcance do metro as linhas 4 e 5, que vão chegar até Itaboraí e Barra, respectivamente. Uma dessas obras estima-se um gasto de entorno de R$ 60 milhões, ainda não aprovados pelo TCU. Tudo bem, transporte público coletivo é prioridade, só que mais que a saúde? Seu adversário Gabeira já se preocupa com a questão e promete aumentar o salário de todos os profissionais da área. Não desmerecendo a área de saúde, mas outras carreiras também não merecem um incentivo financeiro?

Para presidente a disputa já era prevista. Uma sucessora de Lula, Dilma. Do outro lado Serra. E no meio, Marina Silva. Bom, eu particularmente fico com a primeira opção. Porque prometeu dar continuidade ao trabalho do atual presidente e, dentre todos que já passaram pelo governo, ele foi o que mais conseguiu fazer. Pelo menos, desde que eu me entendo por gente, entendo de política e lembre da história do país, rs. Se não de todo, pelo menos saiu das promessas e se mobilizou a tentar. O PAC é uma grande vitória. Tudo bem teve a cooperação dos três poderes município, governo e a presidência, mas Lula cumpriu a promessa. Melhorar as condições de moradia para as pessoas de comunidades carentes. Ponto para o presidente. As UPAs também vieram como projeto para desafogar os hospitais públicos e deu certo. Em quase todos os bairros há uma ao alcance de todos os moradores. Ponto para o governador.

Mas ainda há muito que se pensar sobre o nosso país, as necessidades são as mais variadas: saneamento básico, saúde, educação, moradia, segurança, meio ambiente... por onde começar? Qual candidato escolher? Qual promessa de campanha vai parecer mais sensata de se cumprir? Qual é a prioridade? Difícil dizer.

Bom, mas se vale de alguma coisa, a meu ver, aí vai uma boa dica: limpeza urbana! Deveria ser requisito primordial que um candidato que se diz preocupado com a cidade, não ajude a torná-la mais suja com seus “papeizinhos de campanha”. Além de ser um saco ser abordada em cada esquina ou à porta de cada loja comercial para receber um prospecto, faltam latas de lixo nas ruas e a população muito bem educada para não dizer o contrário, joga no chão “mermo”. Sem peso na consciência! Aí, tem uma chuva forte, os bueiros entopem e, no alagamento das ruas ainda temos que nos deparar com os rostos destes ilustríssimos boiando na própria m... que fizeram! É demais!

Dia de votação se aproximando e eu ainda não escolhi todos os meus candidatos. À presidência, sim. Mas de resto, quero estudar um pouco mais estas questões das promessas de campanha e depois votar. Só rezo mesmo para que não haja segundo turno, porque já é o suficiente passar por todo o perrengue de mesária uma vez só. É, eu sofro duplamente: com o candidato que escolhi se a performance dele não for a esperada e porque eu trabalho obrigada nas eleições, rs.

Bom, cada vez ta mais difícil a peneira, mas não custa nada apelar para o bom-senso. Antes de anular ou votar em branco, ou simplesmente ir pelo voto de outros ou pelo candidato que tem a cara mais simpática, tire um dia para ver o horário político. Assista, leia os jornais. Sei que é chato, mas pelo menos terá a convicção de em quem estará votando e por que. Não vai custar nada. Quer dizer, vai custar bem menos do que ver aquele que você discordava no poder.



beijosssssssssssssssss

1 de setembro de 2010

Mais uma pedra no caminho do meu sucesso...

Tem horas que fica difícil exercitar a paciência! A gente tenta, insiste, dá a volta por cima, mas acaba caindo no mesmo buraco. Na verdade, parece que o buraco anda colado aos meus passos à espera de um deslize, um momento que eu ande olhando pra frente, sem prestar atenção ao chão. E é nesta hora que o tombo é maior e mais dolorido. Com a questão profissional, parece que ando em círculos nas tentativas de conseguir uma chance no mercado. E olha que eu tenho 3 opções de tentativa... imagina se só tivesse uma? Estava mais ferrada do que estou agora!


Dizem as pesquisas que o n° de empregos aumentou. Sim, pode até ser verdade. Mas ainda há uma grande defasagem com relação à qualificação dos profissionais, em diversas áreas. Legal, acho que qualificação eu possuo alguma, mas esbarro na bodega da experiência. Se tenho alguma em determinada atividade, logo as empresas querem muitas. Se eu possuo 1 referência, elas querem 5. Aí, dificulta. Meu potencial nunca vai ser avaliado totalmente. Será que não ocorre na cabeça dos grandes empresários que a falta de oportunidade é a culpada pela falta de experiência e qualificação adequada?


Enfim, nem foi questão disto desta vez, pelo menos eu acho. Acreditei que estava tudo certo para ingressar num estágio de segurança do trabalho, curso que venho fazendo desde abril deste ano. Vaga na área tem sim, para profissionais, estágio, é mais difícil. Custos À empresa com alguém que está apenas querendo aprender. Um canteiro de obras escola, na verdade. Muitos não querem. Mas, através de ajuda de amigos, consegui uma entrevista numa empresa de porte crescente no mercado, fui muito bem recebida pelos administradores da obra, estágio parcialmente acertado, já tido como certo e eu sai feliz há 1 semana da Fiocruz pensando que começaria a galgar minha carreira. Puro engano! Fui embargada por uma questão administrativa que ninguém sabe explicar. Aguardava uma autorização da matriz para iniciar no estágio, mas logo foi me dada a notícia, pelo meu supervisor na obra que a empresa está numa fase de recontratação de funcionários e que eu teria que continuar aguardando. E, quando se trata de cobrar explicações acerca do que fazer, a coisa fica pior ainda. Foi um tal de empurra com números de telefones e nomes de responsáveis de um para outro para tentar entender o que estava acontecendo e me passar como deveria ser meu procedimento então, mas as próprias pessoas procuradas não tinham conhecimento do acontecido e nem o que fazer. há uns 3 dias que eu tento falar com a pessoa que me contatou para fazer a entrevista lá na obra, mas o engenheiro parece que vive atolado em reuniões e nunca é possível falar comigo, a não ser para se desculpar por estar “fora de serviço” devido às reuniões e por ainda não poder ter feito nada à respeito. Boa vontade ele até tem, mas acredito que nem dele dependa esta resolução. O que, voltando à estaca zero: tenho que continuar aguardando lutando por outra vaga.


É desanimador. Esta semana, depois deste balde de água fria, fiquei cabisbaixa, ansiosa por se resolvera situação que eu já dava como certa e frustrada pois tinha uma grande expectativa sobre a oportunidade. Sei que na vida “um dia a gente perde, no outro a gente ganha”. Que temos que levantar a cabeça, dar a volta por cima e tal... mas acaba não sendo tão fácil para quem tem que fazer do que para que está falando. É uma nova derrota e em frágeis momentos impossível não levar para o lado pessoal, de capacidade, de de não ser boa o bastante ou não estar fazendo as coisas certas. Tento ver diferente, mas tem dias, depois de outro “fora” por assim dizer... eu coloco tudo numa caixinha e guardo aqui quietinha, dentro de mim. Rezando para tudo ser diferente... mas com medo de que não seja.


Ainda não sei o desfecho desta história, mas neste quesito, já calejada, o máximo que pode acontecer é aparecer outro não, obrigado!



beijossssssssssssssssss