6 de fevereiro de 2011

2 de fevereiro: dia de Iemanjá

Não importa ser católico ou do candomblé, cético ou religioso, quem é supersticioso ou apenas curioso. Ninguém ficou de fora da festa organizada pelos seguidores da rainha do mar. Em Copacabana, milhares de embarcações saíram das areias rumo ao mar carregando várias oferendas à mãe d'água. Em Salvador, a cerimônia tornou a se repetir. E em todos os cantos do Brasil, os crédulos da personagem mais conhecida por comandar os mares prestavam suas homenagens. Eu, particularmente, gosto muito da cultura do candomblé até por fazer parte de nossa história e de nossa cultura, mas não frequento a religião. Sou católica não-praticante por batismo e demais cerimônias religiosas. Mas não sou de um círculo fechado de pensamento. Possuo a mente aberta à novas informações e conhecimento. E, apesar de não acreditar nas crendices populares, acho bonita a festa e a devoção das pessoas naquilo que acreditam. Todo final de ano, quando dá, vou à praia jogar minhas flores na água e fazer meus pedidos... verdade ou mentira? Não sei... prefiro apostar!





Reza a lenda que Iemanjá, na cultura do candomblé, é a mãe dos orixás. Que tem temperamento forte e para acalma-la é preciso presenteá-la. Diz-se também que dos seus seios saíram abundantes águas que escorriam que nem rios até se transformarem em mar. Até hoje, em dia de tempestades, é culpada pelo naufrágio de embarcações de pescadores país a fora. Na história real Iemanjá era filha de Olokum, deus do mar. Porém ela se casou com Orumila, o deus das adivinhações; mais tarde casou-se novamente com Olonfin, rei de Ifé, e com este teve dez filhos, que correspondem a dez Orixás. Ifé não era um bom marido, então cansada das suas grosserias Iemanjá foge em direção a Oeste. Olokum preocupado com o destino da amada filha, deu-lhe uma garrafa contendo um preparado, mas pediu a ela que abrisse a garrafa somente em caso de muita necessidade, pois quando aberta ela mudaria todo sua vida. Olokum sabia que Ifé era perigoso. Iemanjá se despediu do seu amado pai e foi morar muito distante no entardecer da terra, a oeste. Olonfin não aceitou a separação da esposa Iemanjá e, colocou todo seu exército a procura de Iemanjá, esta, desesperada e cercada pelo exército do rei de Ifé, sem escolha, quebrou a garrafa que o pai lhe dera conforme as instruções dadas. No mesmo instante em que a garrafa caiu no chão, criou-se um rio com correntezas fortíssimas levando Iemanjá para o poderoso Okun, o oceano, lugar onde vive Olokum seu pai. Por isso Iemanjá é tida coma a rainha das águas, pois lá nas profundezas dos oceanos, e protegida por eles, ela reina soberana ao lado de seu pai. Suas vontades são todas atendidas, e ela sempre portege seus devotos. Sua imagem é representada como uma linda mulher de cabelos longos e seios grandes, simbolizando a maternidade e a fecundidade. Muito venerada, e seu culto tornou-se quase independente do CANDOMBLÉ. É representada como uma sereia de longos cabelos pretos. Rege a maternidade, e é a mãe dos peixes que representam fecundidade. Seu dia à sábado. Sua cor é a branca com azul. Usa um ADÉ com franjas de miçangas que esconde o rosto. Leva na mão o BÉBÊ -- leque ritual de metal prateado de forma circular, com uma sereia recortada no centro. À deusa das águas recorrem as mulheres que não conseguem engravidar. Porque é Iemanjá quem controla a fertilidade, simbolizada em seu corpo robusto, forte, em seus seios volumosos e na aparência sensual.


Características de Iemanjá:

Cor: Cristal. (Em algumas casas: Branco, azul claro. também verde claro e rosa claro)

Fio de Contas: Contas e Missangas de cristal. Firmas cristal.

Ervas: Colônia, Pata de Vaca, Embaúba, Abebê, Jarrinha, Golfo, Rama de Leite (Em algumas casas: aguapé, lágrima de nossa, araçá da praia, flor de laranjeira, guabiroba, jasmim, jasmim de cabo, jequitibá rosa, malva branca, marianinha - trapoeraba azul, musgo marinho, nenúfar, rosa branca, folha de leite)

Símbolo: Lua minguante, ondas, peixes.

Pontos da Natureza: Mar.

Flores: Rosas brancas, palmas brancas, angélicas, orquídeas, crisântemos brancos.

Essências: Jasmim, Rosa Branca, Orquídea, Crisântemo.

Pedras: Pérola, Água Marinha, Lápis-Lazúli, Calcedônia, Turquesa.

Metal: Prata.

Saúde: Psiquismo, Sistema Nervoso.

Planeta: Lua.

Dia da Semana: Sábado.

Elemento: Água

Chakra: Frontal

Saudação: Odô iyá, Odô Fiaba

Bebida: Água Mineral ou Champanhe

Animais: Peixes, Cabra Branca, Pata ou Galinha branca.

Comidas: Peixe, Camarão, Canjica, Arroz, Manjar; Mamão.

Numero: 4

Data Comemorativa: 15 de agosto (Em algumas casas: 2 de fevereiro, em 8 de dezembro)

Sincretismo: Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes

Incompatibilidades: Poeira, Sapo

Qualidades: Iemowo, Iamassê, Iewa, Olossa, Ogunté assabá, Assessu, Sobá, Tuman, Ataramogba, Masemale, Awoió, Kayala, Marabô, Inaiê, Aynu, Susure, Iyaku, Acurá, Maialeuó, Conlá






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