10 de fevereiro de 2011

Caixinha de lembranças...

Há alguns dias, recebi o email da minha amiga Saninha, que dizia a nós, madrinhas do casamento dela, para informar a cor do vestido que cada uma iria usar. Na hora respondi que ainda não tinha escolhido o modelo, portanto, não fazia a menor ideia da cor. Depois, horas depois, na verdade dias depois é que fui me dando conta do que estava acontecendo. A minha amiga, que eu havia conhecido na faculdade em 2011 esta prestes a completar mais uma nova etapa de sua vida e eu, faria parte dela, mais uma vez. Fiquei emocionada! Comecei a chorar. Meu marido me perguntou: ué, vc está triste por que ela vai casar? Disse: não! Tô muito feliz justamente porque ela vai casar e eu vou estar lá, ao lado dela. E fui me dando conta pouco a pouco que a vida e as amizades e relações que vão acontecendo ao longo dela são simplesmente isso: grandes acontecimentos de que a gente faz parte.

Como um flash, uma sucessão de acontecimento nesses 10 anos (caramba!!!!) vieram à minha mente. Inúmeros churrascos, algumas micaretas, viagens de carnaval, danças e mais danças nas boates que explorávamos como se estivéssemos numa floresta, os aniversários, os almoços descompromissados, os corações despedaçados compartilhados, a hora do desespero e o pedido de ajuda, diversas situações engraçadas que geraram muitas risadas, a volta pra casa da facul, os ombros amigos compartilhados, o abraço aconchegante, as lágrimas enxugadas, os conselhos, as broncas as brigas momentâneas que não duravam mais que um dia e a certeza da presença sempre, não importava qual momento ou hora do dia. Perdas e ganhos, nascimento ou morte, não importa, estávamos sempre juntas!

Brincamos e dizemos que somos a reprodução do seriado "Sexy anda the City", rs. Pretensão??? Cada uma com seu jeito singular, seu pensamento contemporâneo ou tradicional, suas atitudes contidas ou expansivas simplesmente, completam uma a outra. Não há julgamento, pudores ou despudores, apenas a vontade de estar junto.

Quem diria que 4 maluquinhas dos tempos de faculdade, depois de tanta água rolar debaixo dos nossos pés e os caminhos cada vez divergirem mais, ainda estaríamos aqui firmes e fortes que nem um Salgueiro ou uma Mangueira, por que não uma Amendoeira? Nosso ponto de encontro muitas vezes na época da facul.

Ahhhhhhh, quantas saudades!!! Hoje tô nostálgica. Peguei nossas fotos. Nossa, qtos álbuns! Revivi cada dia, cada momento, cada coisa implícita e apreendida naquela imagem. Não que eu quisesse reviver tudo, novamente. Não! Cada fase passa e a gente aprende ou não com ela, rs. Mas passa e outra logo vem nascendo por aí. E estamos prontas à desbravar. Mas, tem horas que dá vontade de voltar há algum momento específico e viver tudo de novo, sim senhor! Mais frenética, mais audaz, com mais vontade, com mais tudo! Porque é clichê, minha gente, mas a vida passa. E não volta atrás! 18 anos a gente só tem uma vez na vida. E as descobertas e liberdade dessa fase também só existem uma vez na vida. Você pode fazer 3 faculdades, mas nenhuma terá o encantamento da primeira. E o mundo nunca mais será o mesmo aos nossos olhos sedentos por novidades, à flor da pele, na flor da idade, se desprendendo das saias das mães e ganhando o mundo. Sim, cada dia é um novo olhar. Como já disse muitas vezes. Não tô sendo contraditória. Mas, é aquela velha história: a 1ª vez a gente nunca esquece... seja andar de bicicleta, a primeira festa, o primeiro beijo, a primeira transa, a primeira viagem, a primeira decepção, a primeira formatura e por aí vai... E com elas, se eu não passei todas estas primeiras coisas, era como se tivesse passado. E agora, me sentia orgulhosa por fazer parte de mais uma "1ª vez" na vida de noiva, logo após casada de alguém.

Tô aqui falando, falando... mas é um sentimento difícil de descrever. É orgulho, contentamento, felicidade, sei lá. Só sei que assim como das outras vezes que sempre estive aqui, desta vez também estarei. E tenho certeza que estarei nas novas etapas futuras da vida de cada uma. E espero muito que elas, nas minhas também. Hoje, só sinto a distância que a vida, as responsabilidades e as escolhas de cada uma nos obrigaram a ter. Éramos as Cajazeiras, apelido dado por um prof. muito querido na facul e não desgrudávamos nunca. Nos víamos todos os dias e ainda sobrava assunto para falar ao telefone mais tarde. Contas altíssimas nossos pais recebiam, rs. E hoje, o tempo que naquela época parecia imenso, hoje nos falta e nem sempre podemos estar aonde desejamos estar. A distância física me entristece um pouquinho às vezes e me dá a sensação da não presença, da não inclusão, do não pertencimento e isso, eu não iria suportar! Mas sei que sempre arrumamos um jeitinho só nosso para estar perto uma da outra. 

Amiga... me sinto muito honrada por ser escolhida por você para estar mais uma vez ao seu lado. E desejo que você mais do que já é, tenha muitas felicidades nessa nova fase da sua vida. Simplesmente, amo! Você, Tatá e Daninha. Porque sim, amigos também dizem "EU TE AMO", e amizade muitas vezes é a tradução pura e simples desse sentimento repleto de incompreensões e variados significados.

Fecho agora a minha caixinha de lembranças e volto ao trabalho. A hora do almoço terminou e já tem gente berrando por mim!

Beijosssssssssssssssss


2 comentários:

Talita Barroco disse...

Que texto bonito, uma mensagem cheia de emoção.
Às vezes, também tenho esses momentos de nostalgia e lembro de nossas "travessuras". Muita coisa aconteceu e tudo só fez fortalecer nosso amor e carinho por cada uma.
Tenho certeza que é uma amizade eterna.

Amo vcs!!!
Bjks

Sânia Motta disse...

Amiga, nem tenho palavras pra descrever tanta emoção. Esse texto também me trouxe mtas recordações daquela época, em que as preocupações nos pareciam tão grandes, mas eram tão pequenas. Saudade de um tempo que não volta mais. Mas o que me consola é que terei minhas amigas, minhas irmãs para sempre!!! Amo vcs!!!!!!!!!!
Bjs!!!