19 de novembro de 2009

Deus, dai-me paciência para aguentar!!!

Sinto-me muitas vezes, num meio de intolerância total. As pessoas andam sem paciência, mal-humoradas e cada vez mais egoístas, olhando apenas para seus próprios umbigos. E justo agora no final do ano, onde o clima de festa e descontração toma conta das pessoas? Inadmissível! Domingo fui ao cinema ver 2012. Na saída do filme, estava um temporal de respeito. Como não havia nem ônibus no ponto, decidimos ir de táxi à ficarmos mais molhados. A fila no ponto de táxi já estava grandinha e pra contribuir não havia táxi disponível. Acho que a chuva tornou a lotação esgotada. Conforme os carros iam chegando, a fila diminua na ordem em que foi formada. Porém, um casal de espertalhões, confiando no famoso jeitinho brasileiro se enfurnou na frente do casal que estava na vez de pegar o táxi e, eu e meu namorado atrás para sermos os próximos. O controlador de táxis estava mais enrolado do que outra coisa e, quando chamava os próximos, confiava na nossa honestidade de manter a fila de acordo com a chegada. Porém, não foi bem assim. Quando o táxi em questão chegou, o casal de espertalhões se enfiou dentro, quer dizer, na verdade o homem se atirou dentro do carro como se fosse salvar a vida de alguém. A acompanhante ainda hesitou, mas fora puxada para dentro do carro pelo próprio namorado. O casal que estava sendo passado para trás, indignado se enfiou no mesmo carro, na marra. A namorada, mais esperta, entrou logo na frente, do lado do motorista. E o seu namorado ficou no banco de trás forçando sua entrada a todo custo indagando que ele tinha mais direito, já que a vez era dele. Depois de meia hora de empurra empurra, lá se foram os dois casais aos tapas, dentro do carro. E nós da fila agradecendo pelo impasse ter se resolvido para livrar o caminho e o próximo táxi pra gente. Mais à frente o carro deles parou e o casal que tinha sido passado pra trás desceu e veio andando na nossa direção. Aí, foi a vez do desentendimento entre o casal. A menina brigava com ele, provavelmente pela sua atitude ou de brigar ou de deixarem que passassem à frente. E iam para um lado, voltavam, iam para o outro, voltavam e eu, a esta altura do campeonato, ria muito apesar do dilúvio. Enfim, meu táxi chegou pelo tamanho do Jú ninguém se atreveu a bancar o engraçadinho e furar a fila e nós fomos embora rindo de toda a situação.

Mas esta cena se repete constantemente, nos transportes públicos coletivos da cidade. Cada qual na sua pressão não vê quem está à sua frente e nem pensa no que seus atos acarretaram no próximo. Todos querem o melhor lugar, tentar uma comodidade e facilidade na hora de descer, entram ao mesmo tempo em que as pessoas estão saindo, não dão licença quando estas querem descer, uma tragédia. Depender destes transportes é o fim. Não se respeita nem mais grávidas, mulheres com crianças de colo, idosos ou portadores de deficiência. E olha que há acentos disponibilizados somente para eles. Quando as pessoas não fingem dormir, emendam uma conversa na outra para não dar atenção à necessidade de alguém. Fico pensando: se um dia acontecer com quem está fazendo ou se a mesma situação se repetir com alguém da família da pessoa que necessite do lugar, será que a mesma agiria assim? Óbvio que não, né? É porque não é com ela!

Nestes casos, lembro-me do Profeta Gentileza, recentemente representado por um ator na antiga novela das 9h. Com suas palavras sábias e pensamentos a partir da reflexão de que gentileza gera gentileza, tentada modificar o mundo e as ações das pessoas, sensibilizando-as. Algumas de suas mais famosas frases estão escritas ao longo da Avenida Brasil, no trecho entre a Rodoviária e o Píer Mauá. Há anos ali, hoje a imagem que temos é que não passa de um monte de frases, sem sentido já que ninguém se mobiliza a parar e ler, sujas pelo tempo e falta de cuidado. Louco ou vendo a vida com outros olhos, a questão é que ele tinha a saída para o mal que cerca a maioria de nós nos dias de hoje: o egocentrismo! Cada um age como se fosse o centro do universo e este, existe apenas para ele. Doce ilusão...

Ontem, após ter um dia tranquilo, feliz e satisfatório, deitei para relaxar e pegar no sono vendo algum programa na TV. O que me deparo quando ligo a joça? Uma pancadaria generalizada no gramado de futebol no jogo do Fluminense. O Tricolor ganhou o jogo de virada, mas seu rival não aceitou a vitória simplesmente. Todos dentro do campo se embolaram. Uma cena lastimável, tratando-se de um dos esportes mais adorados no mundo e lembrando que, em qualquer competição, mesmo que muita coisa esteja em jogo, o que deveria valer é o lema e a concepção de que o importante é dar o melhor de si e competir. Tá, ninguém gosta de perder, mas daí a agir como vândalos é perder a noção. E eu que sou flamenguista, confesso: senti uma pontinha de alegria por poder provar que não é só minha torcida rubro-negra que causa alvoroço e pancadaria nos estádios. Mas foi passageiro, quando vi que a coisa se estendia e não havia quem conseguisse controlar a situação. Alguns minutos depois, o árbitro conseguiu contornar a situação e enfim apitar a final da partida que poderia acabar com alegria, mas, muito provavelmente acabou com vários torcedores ou presos ou nas emergências dos hospitais.

Resolvi trocar de canal, acabei ficando tensa e queria me distrair. Coloquei em um canal de programas com animais, que é coisa que amo. Mas, definitivamente não era o meu dia! Acabei vendo um programa chamado Distrito Animal, onde policiais da unidade SPCA do distrito dos EUA, caçam e apreendem animais maltratados. Era cada cena de dar dó. E eu, que já nem sou apaixonada por animais, fiquei totalmente sensibilizada. Não pelos ferimentos em si, mas pela coragem de haver seres humanos capazes de tais crueldades. Deixar os seus próprios animais de estimação que deveriam ser bem tratados, sem água, comida, passando mal, sem cuidados, sendo espancados... é de chocar e partir o coração. A sorte é que no estado de Los Angeles e adjacências, Texas e mais alguns estados próximos existe esta força policial especial que se preocupa com este tipo de crime e agem com o mesmo rigor como se fosse uma pessoa. Afinal são seres vivos também. Lá a justiça se faz presente, mas aqui nada acontece quando “alguém” resolve brincar com animais de rua ou tratam os seus bichinhos de estimação como se não fossem nada. Indignação!

Quero dormir e acreditar que todas estas atitudes “naturais”, porém sobre humanas, não passem de um sonho. Mas infelismente, sei que não é. Vivemos em um mundo individualista e que não há mais a preocupação em como nossas ações vão repercutir no outro. Claro, não posso generalizar, nem todas as pessoas agem sem consciência. Mas a maioria sim! É triste, é lamentável, é deprimente como a raça humana vem denegrindo em questões de valores. Desta forma, estamos degradando o mundo em que nós mesmos vivemos, mas quem se importa? No trânsito, nas escolas, nas ruas, com o outro, no dia-a-dia, em nossos corações... por favor, me acorde quando tivermos mais tolerância em nós!

Beijos e um ótimo feriadão amanhã... com muita praia!

13 de novembro de 2009

“Digas como se veste, que eu te direi quem és...”


Definitivamente, não sei aonde vamos parar!

Com tanta coisa para se preocupar relevante no mundo, agora as instituições de ensino resolveram embarreirar alunos que julgam não estar dentro dos padrões apropriados de vestimenta.

Há poucos dias uma estudante da universidade Unibam, em SP foi obrigada a se retirar da instituição, escoltada pelos seguranças da mesma porque dito, seu traje impróprio estava alvoroçando os alunos (sexo masculino) e constrangendo as alunas. O caso foi parar até na polícia. Ah gente, façam-me o favor! Desde quando uma roupa pode ser constrangimento para alguém? E sem fosse, no máximo para quem a usa, não para quem vê! Nem que ela estivesse nua, coisa que nós brasileiros estamos acostumados a ver. Pela foto divulgada na mídia, não vi nada demais além de um vestido meramente curto. Que mostrava apenas as pernas da moça e nada mais. Por conta disto, houve xingamentos, confusão e muita discussão. E, o que era o foco do local, o estudo foi o menos lembrado. Hoje, sai uma matéria no jornal sobre um estudante em Ohio, nos EUA, que foi suspenso porque usou um corte de cabelo que não agradou a direção da escola. Ele fez a inicial “B” de um time de futebol americano em sua cabeça. E, por este motivo, foi impedido de assistir aula.

Engraçado... alunos baderneiros, drogados, armados não são retirados das escolas. Nem se quer são punidos. Quantos incidentes por conta deles já ocorreram? Agora as autoridades dos locais se irritam com trajes e cortes de cabelo? Por que não se preocupam se o ensino está satisfatório, com o desempenho dos alunos? Mas não... e no lugar de agir como educadores e conversar mostrando o porque a atitude dos estudantes não era bem aceita, punem sem explicação alguma. Abuso de autoridade! No mínimo. Discriminação, pegando pesado! Nenhum dos dois estava infringindo nenhuma lei. Não fizeram mal nenhum a ninguém e ambos, cada qual em seu caso, estavam quietos na deles, prontos para assistir aula.

Devem educar, ensinar, punir sim, mas quando a coisa é para tal. Não fazer estardalhaço à toa! Agora, antes de sair de casa ou mudar meu corte de cabelo, passarei na esquina da minha casa e perguntarei a diretora da escola que fica lá se estou adequada!
beijos e bom fim de semana

10 de novembro de 2009

A perda do seu eu...


Sabe, às vezes a gente é feliz e não sabe! Não damos valor ao que temos e queremos sempre mais. Mas, quem disse que este “mais” é plenamente satisfatório às nossas necessidades e expectativas? Ando pensando nisto... Não sei se por conta da minha insatisfação no trabalho, mesmo tendo mudado de setor, ter sido pior do que ter continuado onde eu estava! Talvez porque os anos estejam passando e, agora pesa o tempo que passamos correndo atrás do que queremos, sem conseguir alcançar. Começam as cobranças próprias do que estamos fazendo com a nossa vida! E os questionamentos: se é melhor continuar neste caminho ou virar a direita, mais à frente!

Certeza... algo que para mim não é definitivo e, não é tão certo assim, de fato! Ela muda conforme as situações nos cercam, é flexível. Eu a tinha quando aceite a opção de mudar de setor, achando que o “novo”, me acrescentaria mais que o antigo. Em conhecimento, em tarefas, em crescimento, nem que este fosse pessoal. Desdenhei das atividades passadas que realizava, achando que eram poucas, mas percebi que o pouco, vivencio agora! Nos dois lugares, não vou chegar aonde almejo estar, e nem adianta virar para a direita ou esquerda. Meu destino final não é aqui, definitivamente! Mas, lá pelo menos eu tinha a idéia do meu valor, mesmo que pouco. Onde estou hoje, mal sei quem sou e das minhas capacidades!


Felicidade, não é plena, aprendi a ver isto também. Só que ela não cai do céu! A gente tem que trabalhar o mundo, as pessoas e principalmente a nós mesmos para que possamos enxergá-la nos mínimos detalhes da vida e, a partir de nós, sem esperar que seja obrigação do outro, nos fazer sentir felizes. Ela tem q vir por si só! Mas tem horas que, mesmo tendo tudo nas mãos para que a danada exista, parece faltar algo. Família, amigos, amor, saúde, dinheiro, trabalho, atividades... Então, o que será? Sim, se temos o essencial para sermos feliz, o que dá errado e um belo dia acordamos de mau-humor, sem vontade, desacreditada, triste, sem rumo? Necessidade de inovação!

Embora saibamos que nós devemos controlar nossa própria vida, na maioria das vezes ela é regida pelo externo, que nos controla, sem que a gente perceba! Dependemos do mundo lá fora, como um parâmetro para saber quando somos bem aceitos, estamos agradando, dando certo em algo e, quando permanecer assim ou pular fora. O problema é quando a gente sente a diferença, mas o indicador que sempre nos alerta parece estar do mesmo jeito, inabalável! Aí vem o receio, o medo e os benditos “poréns e talvez”.

Enfim, tarefa difícil esta de se encontrar dentro de si e firmar seu lugar no planeta como tal. Da maneira como deseja e como te satisfaz! Quem sabe um dia eu consiga... Quem sabe ano que vem eu faça diferente e a diferença... Hoje, eu só quero concluir etapas e partir em busca de novos horizontes. Sem certezas, mas feliz!
Até...

6 de novembro de 2009

A arte imita a vida?


O fim dos tempos se aproxima! Estamos vivendo em meio a um caos desordenado urbano e ambiental. Somos acometidos por todos os tipos de violência e degradação do ser humano e da natureza que podemos imaginar. Para os religiosos, este momento está marcado em uma passagem da Bíblia, denominado como o “Apocalipse”. E, do modo como temos presenciado a revolta do Senhor sobre a Terra e sobre nós, estes dias não tardam a vir.

Bom, pelo menos nas telas do cinema, o fim do mundo chegará à próxima semana, dia 13, sexta-feira. O dia não poderia ser mais propício para se ver cenas chocantes e assustadoras. Coincidência ou não, vamos poder ver o que acontecerá com nosso planeta caso não nos conscientizemos e comecemos a mudar nossas atitudes, perante o próximo, perante o lugar onde vivemos.

E, para ilustrar bem esta tragédia mundial, e é claro promover o filme 2012 e atrair público, o metrô brasileiro, na estação Cantagalo foi o local escolhido para ser “inundado”. Através de adesivos especiais, quem passa pelo metrô se sente realmente no meio da inundação de um tsunami. Aliás, a paisagem do Rio de Janeiro também foi escolhida para ilustrar os cartazes e o trailer do filme. Cristo Redentor e Pão de Açúcar são soterrados pela água.

Faço questão de comparecer ao cinema e curtir na telona o filme eletrizante que promete tirar o fôlego com suas cenas de ação. O trailer, já é de arrepiar. Porém, acho que a moral da história, antes mesmo de ver o tal, é que a gente se dê conta das nossas ações. Que a gente cuide do Planeta, que na realidade já está dando sinais de “insatisfação” com o nosso desleixo. Os tsunamis, os ciclones, o aquecimento global, a extinção dos animais e recursos naturais. No nosso dia-a-dia, temos que repensar as atitudes que temos como indivíduos e que repercussão elas terão em nossas vidas.

Nem tudo é historinha... pode ser que algumas previsões sejam verdade e se realizem. Seremos cobrados por aquilo que fazemos, intencionalmente ou não.

Bom final de semana, com muito sol e praia à todos...
Porque neste eu vou colocar minha corzinha em dia rs.
Ninguém merece, né? Carioca branquela!

3 de novembro de 2009

Top Fashion Bazar

Ontem fui ao Top Fashion Bazar, situado no Extra, da Barra. Dentre as horas que permaneci lá dentro, em meio a tumulto, filas intermináveis, disputa por peças de roupas, sapatos e atenção dos vendedores, fiquei pensando em qual o propósito do Bazar, para ricos.

Sim, um bazar existe não somente para arrecadar fundos mediante algum propósito, mas também para beneficiar os mais desprovidos do que se está liquidando. Porém, nestas circunstâncias, fico pensando, onde se encaixa estes dois itens a não ser promoção de marcas das lojas presentes e a comprovação de que os ricos são ricos e dane-se o mundo!

As lojas alocadas no Extra eram as mais caras. Seus nomes vestem a pequena porcentagem da população privilegiada pela sua excelente condição financeira e social. E ainda, tem o desplante de se intitularem em liquidação. Liquidação só e for para os ricos. Sim, porque óculos a 500,00, uma blusa masculina a 80,00, vestidos, shorts, calças e blusas femininas, cada peça não saía por menos de 70,00, no mínimo. De tudo, os biquínis estavam em conta e mesmo assim, olhe lá! Como as lojas lá presentes são as mais caras do mercado caíram os preços, nada consideráveis, para enganar que havia uma liquidação. Pra mim, os preços estavam na faixa normal de vestuários.

Quando não estava tentando ver à vitrine das lojas ou entrar em alguma delas, sentei no saguão no evento para descansar meus pezinhos e então fiquei observando... Bom, figuras esquisitas e extravagantes tiveram sua passada no evento marcada, com certeza. Ficou nítido: rico que é rico se veste de qualquer jeito, evidenciando que não importa suas vestimentas e sim sua origem. Quem se “emperequeta” mais, pode crer que ou é emergente no ciclo, ou não faz parte dele, rs e tenta se manter “style”. Fora isto era possível presenciar todos os tipos de cenas protagonizadas por quem não está nem aí para a opinião dos outros. Eram brigas, encontros, conversas espalhafatosas... enfim! Fora as cenas, nada elegantes ocorridas nos interiores das lojas. Gente fina também comete gafes e, pasmem: contravenções. Pois é, pequenos delitos tidos como “descuido na hora de entregar as peças” não eram pouco comuns.

No todo, vale a pena pelo passeio e porque sempre ver “às modas” não é nada ruim. Mas, quem vai esperando grandes aquisições, porém tem suas condições financeiras limitadas, não se decepcione. Aproveite para colocar o papo em dia com as amigas, para fazer um lanchinho, bater pernas e curtir um dia agradável. Muitas vezes isto vale mais do que as compras em si, mesmo que o intuito seja a dita cuja. Quem sabe o próximo ano, o evento melhore e suas concepções mudem. Apesar de, o público alvo ser realmente a classe favorecida financeiramente, tida como melhor contribuinte.

Só nos resta esperar...

E eu, para fazer boa ação, acabei perdendo um típico dia carioca de feriadão com muito sol. Que dia lindo para se colocar a cor em dia, ainda mais eu que já estou um ponto abaixo da brancura. Porém, o preço que paguei por manter-me intacta ao sol, foi ver o sorriso de satisfação de alguém pela minha presença naquele lugarzinho por algumas horinhas.

Beijos e uma excelente semaninha que já começa para quem trabalha, com um dia a menos – risos...

30 de outubro de 2009

O amor que existe para nós...


O amor que temos, nem sempre é o que sonhamos, mas é o que nos faz feliz!

Às vezes, penso no quanto tempo perdemos deixando de admirar as coisas belas da vida. Atribuímos a culpa pela falta de apreciação a terceiros ou situações impostas a nós. Não! A vida nada tem a ver com o “como” a enxergamos, aproveitamos e passamos por ela. A maneira como decidimos ver as situações e as pessoas que nos cercam, cabe exclusivamente a nós. Algumas vezes, culpamos a tal “falta de felicidade” pela ausência de alguém ou um sentimento, na maioria das vezes o amor. Ou sofre-se por ele, ou sofre pela não existência dele.

Hoje, tenho uma razão muito especial para falar sobre este assunto: fiz três meses de namoro e me encontro num estado constante de felicidade e completude. Parece que conheço há anos a pessoa com quem me relaciono. E, ao contrário de muitos casais que encaram a descoberta dos defeitos e das adequações de atitudes, não vejo nenhuma razão para se descabelar. Não encaro como um bicho de 7 cabeças a personalidade diferente do outro, e sim como uma gostosa descoberta. Posso dizer que, dentro de tudo que estou sentindo e vivenciando, o meu amor que se apresentou para mim é na verdade, completamente diferente do que eu esperava, imaginava ou almejava, na ilusão.

A pessoa que tenho ao meu lado é perfeita para mim! Seus pequenos defeitos, detalhes apenas, não se comparam as qualidades. Compreensivo, amável, carinhoso, amoroso, divertido, sensível, simpático, extrovertido, atencioso, possui um jeito especial e um olhar cativante. É inteligente, batalhador, perseverante em seus objetivos, sonhador e determinado. Não veio em um cavalo branco, como muitos esperam. Na verdade sua chegada foi inesperada e não bem aceita por mim, de início! Mas, como dizem que é de onde menos se espera que a vem as melhores coisas... Sim, ele me surpreendeu!

Quando eu já havia desistido de encontrar minha cara metade por aí, com um pouco mais de altura do que eu (rs), eis que ele para na minha frente e se impõe e se mostra e diz a que veio. E remexe com tudo que já esta quieto e aceito como definitivo. Fez uma reviravolta em minha vida. E desde então, não me lembro de um só dia que eu não tenha sido feliz nos braços dele, saboreando seus beijos, carinhos e sua companhia. Tendo-o sempre junto a mim nas horas difíceis e tristes. Compartilhando comigo sua vida e tudo que carrega dentro dele. Sorrindo sempre e me dando certeza e segurança de que um amor assim é possível, existe e é nosso! A saudade é gostosa de sentir, é o que nos faz aumentar mais e mais a vontade de estar perto a cada dia. Quando olho pra ele, não tenho dúvidas: ele é meu e eu sou dele. E até na distância entre nós, sinto paz!

E por falar no que o sentimento faz com a gente... acho que transforma! Hoje sei que ao lado dele sou outra pessoa. Em casa, entre os deles, com amigos, em qualquer lugar, a vida ganhou uma nova cor, uma nova concepção, um novo sentido a ponto de não mais saber como é sem ele comigo. Possuímos nossa liberdade, nossa individualidade, mas nossa união sempre fala mais alto. É, acho que é isto que melhor define a gente: união! Nunca soube ao certo o que era olhar para alguém e ter certeza de ter encontrado a felicidade. Não sabia o que era ouvir nas palavras o sentimento e ter certeza que era “ele”. Nunca soube que o corpo não é o limite que separa dois corpos. Entrelaçados, somos mais que um só! Estamos desnudos entregues um ao outro, de corpo, alma e coração. Vivemos o nosso hoje, pensando em ser e fazer melhor amanhã, por nós mesmos, pelo outro.

É estranho, pois relutei em me entregar tão rápido, mas o sentimento consumiu e ele me conquistou. E aí, como um passe de mágica PUF!!!!! Lá estava eu amando apaixonadamente, sem querer. Mas, poesias à parte, um relacionamento e os sentimentos que derivam dele não surgem do nada. Precisam ser cativados, cultivados e cuidados dia após dia para crescer forte e saudável, como uma plantinha! E, desta forma, não tenho dúvidas: é você! Meu homem, meu amor, meu amigo, meu tudo! Te coloco no colo, converso com você, te dou um abraço bem forte, durmo no seu peito, olho nos seus olhos, choro com você, sorrio com você, brinco com você, penso em você, vivo com você!

E hoje, olhando lá para trás, até me arrependo de desdenhar do amor. Ou de questionar que tipo de pessoa apareceria em minha vida. Se a gente soubesse que o amor mora ao lado e que temos que saber encontrá-lo e aceitá-lo, não se viveria com tantos porquês, talvez, quem sabe e afins como medo! O amor verdadeiro te encoraja, te fortalece, te impulsiona para frente. Faz você querer crescer, ser maior. Faz bem! Hoje, se me perguntarem, eu digo: prefiro amar e não ser amado, do que ser amado e não amar. Pois o amar enobrece a alma, liberta! E tendo um parceiro ideal, o que mais eu posso querer?

Sou feliz e agradeço por tudo que Deus me deu...”

Beijos e tenham um final de semana com muito amor e felicidade!

29 de outubro de 2009

“Brigar pra que, se é sem querer???”

Refrão de um rap antigo esta frase foi e é até hoje muito repetida, com propósito social. Mas, aqui no caso ela poderia se aplicar perfeitamente ao meu dia de ontem. É muito ruim quando nos indispomos com alguém. Principalmente quando este alguém é parte integrante e fundamental de nossa família. Geralmente, as brigas trazem uma sensação de mal-estar e desconforto sem igual. E o clima que fica depois? Tenso! Quem me conhece sabe: sou uma pessoa que tenta ao máximo evitar brigas, usando da minha total paciência e tolerância que mesmo estando se esgotando dia após dia com os acontecimentos da vida, as utilizo com mil conversas. Até mesmo deixando pra lá, mesmo que me incomodem ações ou palavras, para que não haja desavenças com quem gosto. O problema é que, agindo assim, deixo de me impor e ainda acumulo insatisfações incontáveis e aí, quando estou “no limite do meu ser”, qualquer gota d’ água já enche o pote.

Foi exatamente o que aconteceu ontem, entre mim e minha mãe. Eu a amo! Além dela ser tudo o que tenho, possuo grande admiração pelo que ela é e faz, não só por mim, mas com todos a sua volta. Mesmo possuindo tudo isto, não posso deixar de ver que, assim como qualquer ser humano comum, ela tem defeitos. E nem com todos os defeitos dela, consigo lidar ou aceitar! Sim, acredito que ainda mais no caso das mães (coisa que ainda não sou), erram tentando acertar e querendo o melhor para “seus filhotes” (é como elas veem os filhos eternamente, deixando-os sempre sob a proteção de suas asas). Porém, quando se adquire certa idade, queremos independência e liberdade para trilhar nosso próprio caminho e fazer nossas próprias escolhas. Certo ou errado, somos nós quem decidimos. E, nem preciso dizer que nossa briga foi por causa da divergência de opiniões.

Bom, na verdade, divergências sempre existem, e temos que tentar contorná-las com conversas e demonstrando o ponto de vista contrário, pois gritos e ofensas não levam a nada. Mas confesso: lavar a roupa suja vez ou outra é necessário. Alivia alma! O problema é que quando estamos no calor da emoção não medimos palavras e nem pesamos as consequências do que “vomitamos” em cima do outro. O que importava para mim era defender meu ponto de vista e, arrancar de minha mãe um reconhecimento de que eu tinha alguma razão naquilo que estava falando. Ela, do lado dela, como acredito ser com a maioria das mães, apelou para o lado de toda a devoção, cuidados, atenção e pela relação de amizade e cumplicidade que temos, etc, etc, etc... e brigou porque queria impor sua vontade e seu ponto de vista com relação a minha vida.

Tá, tudo bem, admito: ela não estava errada de todo. Mas o que me irritou além da forma dela falar, com certo ar de autoridade, é ela sempre achar que eu devo agir e pensar de acordo com o que ela julga certo. Não necessariamente sendo o que eu acho! Gostaria que percebesse que eu possuo certo discernimento sobre mim mesma e que, não vou fazer nenhuma loucura desvairada se esta for para me prejudicar. Sempre me gabei de ter uma mãe amiga, confiável e que respeitava as minhas opiniões, minhas decisões e a minha pessoa como um todo. Porém, esqueci de que, mesmo sendo esta maravilha de pessoa, é mãe. E, como todas as mães e filhos, brigamos. No nosso caso, o ponto atenuante da discussão é que, estando com os ânimos exaltados, falamos cada vez mais alto e então, começa uma briga – à parte – para ver quem fala mais alto, como se assim fosse prevalecer sobra à outra parte com seu discurso. Tolice pura!

Ainda em meio à briga, não consigo me sentir tão mal quanto depois dela serenada. Pois a minha mãe assume uma postura de se sentir culpada pelo meu estado de chateação ou desgosto de fazer alguma coisa por conta da nossa divergência. Aí vem meu erro: ela fica sentimental e eu fria. Minha raiva não passa tão rápido quanto a dela depois que ela descarrega o que estava engasgado na garganta dela. É como se eu tivesse a necessidade de me manter muda ou com a cara meio amarrada para reafirmar minha insatisfação. Parece até atitude de menina mimada né rsrs? Mas acredito que reforçando esta minha postura, eu forço a minha mãe a parar e pensar nas coisas que fez e falou do que simplesmente falar e meia hora depois agir como se nada tivesse acontecido. Não sou perversa! Mas tem algo que me impede de amolecer facilmente diante de um confronto... tópico para trabalhar na terapeuta!

Sei que no dia seguinte vou estar mais ou menos e voltando ao normal aos pouquinhos, depois que com calma eu conseguir com o tempo digerir tudo que foi dito. Até porque eu não aguento ficar de cara virada para a pessoa que mais amo no mundo e é quem me diz, que além de me amar muito que sou a coisa mais importante da vida dela, todos os dias. Porém, como normais que somos não foi a primeira e nem será a última vez que isto acontece. Mas sinto que a cada briga que temos, os questionamentos ficam mais sérios, maduros e com mais razões do que a anterior. Crescemos e mudamos e nossas reivindicações também. E a maneira como percebemos que podemos atingir o outro, idem. Gostaríamos que os pais parassem de nos encarar hora como adultos capazes de assumir inúmeras responsabilidades e outras nos trata-se como se ainda nem tivéssemos abandonado as fraldas.

Mas, isto é um questionamento para muitos e muitos anos mais. Pois pais e filhos possuem suas razões e verdades e cada um vai bater no peito e lutar pelos seus. Sei que brigar não é a coisa certa e não será desta forma que as coisas vão se acertar. Mas, se for inevitável. Uma coisa que tenho aprendido a cada hora que acontece: medir as palavras. Tentei ao máximo! Mas, se acuada, reajo.

Nada como um dia após o outro, e amanhã os ânimos estarão mais calmos. E quero confiar que não é a toa. Esta dor de cabeça toda vai servir para deixar nossa relação mais estreita, confiável e limpa. Se Deus quiser... E por falar em dor de cabeça... aiiiii, a minha dói!

22 de outubro de 2009

Cidade em caos


Nosso dia-a-dia tem sido assim: fora as frentes frias que acabam acarretando em chuvas demasiadas, nestes últimos dias, a nossa cidade virou uma praça de guerra. Ah, novidade! As estatísticas mostram que o n° de pessoas mortas no mundo provenientes da violência exacerbada de assaltos, sequestros, crueldade deliberada de um ser humano contra o outro, crimes organizados e etc... são equivalentes ao n° de pessoas que têm suas vidas tiradas em países em guerra.

O que mais tem assustado a população acredito eu, é que agora as artimanhas estão sendo sofisticadas pelos infratores da lei. Quanto mais nos protegemos do mundo, mais os criminosos arrumam uma maneira de burlar esta segurança, e intensificam seus ataques. São uma afronta as autoridades, uma intimidação a nós. Agora, por último, um helicóptero da polícia foi abatido, utilizando armas possantes que só deveriam estar em posse das polícias da cidade, mas que por algum motivo “inexplicado”, foram parar nas mãos desses delinquentes. E agora, que sofre, somos nós. Hoje é ataque à polícia que faz incursões à favelas no intuito de abater operações ilegais, tráfico de drogas e demais ações contra a lei. Amanhã, seremos nós, abordados por este tipo de armamento, tendo nossa liberdade roubada e virando escravos do medo e da impunidade. Aulas são suspensas, comércios são obrigados a fechar, nosso direito de ir e vir são censurados e, andamos com medo nas ruas, e muitas vezes saímos de casa sem saber se vamos voltar.

Autoridades e poder público, apesar das declarações de que a nossa polícia está preparada e armada para conter estes tipos de acontecimentos e vai cercar bandidos/traficantes para controlar e acabar com a violência e seus focos, não sentimos confiança e segurança nessas falas. Um, a partir de uma parte que se intitula acima da lei proveniente da polícia, geralmente policiais que pularam para a parte da banda podre (corrupção) surgiu a milícia, que geralmente trabalha para os dois lados da ação, como mostrou muito bem o seriado da Record “A Lei e o Crime”. E dois, a polícia se arma até os dentes e dá demonstrações de abuso de poder contra nós população, que temos medo de contar com ela. Apesar de muitos de nós conhecermos nossos direitos básicos, os temos negados e, em alguns momentos somos coagidos não só com palavras mas com atos violentos. Então, ficamos à mercê de Deus, esperando que Ele nos proteja, guie e ilumine nosso caminho e tenha piedade de nós. Só ele para dar jeito nesta situação que se instaurou na cidade e se espalhou pelo mundo.


Beijos e que a gente sobreviva neste mar de violência constante a cada dia!


 

20 de outubro de 2009

Nosso Rio de Janeiro tem disto, né?

Ontem, como estava em casa por causa do feriado que cobre a minha empresa, proveniente do setor elétrico, fiquei em casa. Como meu môzão está trabalhando em um evento na parte da noite, aproveitamos o dia sem trabalho(meu) e a hora livre dele, para nos encontramos em algum lugar da cidade, dar uma volta e matar as saudades.

Resolvemos nos encontrar no Centro do Rio, por ele já estar lá. Fomos dar um passeio na Marina, sentar um pouco à beira mar, conversar em um lugar tranquilo e fresco e ficarmos à vontade para namorar um pouquinho. Mas, vejam só, chegando lá, tivemos que andar um bom tempo até achar um lugar “seguro” que não incluísse moradores de rua dormindo. Tarefa difícil esta, hein? Mas, por fim, nos sentamos no muro de frente para o mar.

Ele, que não mora no Rio e não está acostumado aos lugares daqui, se espantou, por achar que em monumentos e locais de visitação, e ainda mais com a polícia vigiando, como no Monumento dos Praçinhas, não haveria este tipo de coisa. E eu, solto a pérola: aqui no Rio é assim. Pobreza e riqueza se misturam na mesma cena e ninguém mais se abala com isto. Todos convivem bem dentro dos seus limites.

Triste realidade brasileira! Depois que falei é que fui parar e analisar a frase, com cara de aristocrata, que eu disse. E me espantei com a naturalidade que eu mesma a pronunciei. Esta diferença cortante está tão embutida no nosso cotidiano, que não reparamos mais e tratamos como comum.

Quando a tarde começou a cair e não mais moradores de rua habitavam o local, mas sim algumas pessoas de aparência estranha e procedência duvidosa resolvemos nos levantar e ir embora. Fui andando olhando para trás e me dando conta do que anda tomando conta não só do cenário carioca, mas de nossas vidas. A indiferença! Ligamos, até certo ponto que aquilo nos incomoda ou mexe com algo que consideramos importante para nós. Fora isto, não ligamos mais. O poder público não se manifesta, as autoridades tratam com descaso, nós por nossa vez, não fazemos nada porque achamos que a obrigação deveria ser deles e não nossa, que já sofremos com as ações violentas destas pessoas, intituladas “moradores de rua”, “menores abandonados”, mas que na verdade são os filhos da rua e de uma cidade que vira as costas para “o problema” e só tem olhos para o que pode render lucros e satisfação.

Apesar de adotar certos truques para caminhar em determinados lugares da cidade e não me deixar mais abater por algumas cenas vistas, sinto uma enorme tristeza por presenciar sorrisos e diversão exacerbada de um lado e lágrimas e tristeza do outro, pela vida infeliz, há alguns passos de mim.


Beijos mil!!!

19 de outubro de 2009

Ainda acredita-se no próximo...

Renovou minhas esperanças ao constatar que o ser humano não perdeu a crença nos valores do outro. Apesar das circunstâncias nos forçarem a desconfiar sempre, ainda existem pessoas que acreditam na boa índole do seu próximo.

Domingo estava passeando no shopping, fazendo minhas compras de presentes atrasados para amigos e familiares, rs, e, quando fui dar uma passadinha básica no banheiro, senti uma pessoa me chamando. Era um pai com sua filha, meio sem saber o que fazer me pedindo para levá-la ao banheiro. Tudo bem, não custava nada, óbvio! Mas me espantou a atitude deste pai, em meio a tanta desconfiança acerca da integridade dos filhos com desconhecidos, hoje em dia, diante de tanta maldade e perversão que se pode ser vista.

A menina, uma simpatia. Conversada, divertida e sorridente. Trabalho, praticamente não deu algum. Sabia se virar sozinha, exceto pela altura que faltava rs. Eu ajudei pouco, foi mais para dar um apoio. Ao final, levantei a pequena para ela lavar as mãos e secá-las. E então, fui entregá-la ao seu pai que aguardava na porta do banheiro. O pai me agradeceu e a menininha toda sorridente, se despediu de mim dando um tchau.

Nós criamos certos mitos, que não sei se servem para tapar o sol com a peneira e não nos deixar perturbados diante de tanta violência e facilidade para praticar atos inaceitáveis, ou se realmente acreditamos naquilo que criamos. Acham que mulher, jovem e com boa aparência não seria capaz de praticar nenhuma crueldade com uma criança dentro do banheiro de um shopping. Mas, são nas pequenas facilidades da vida que as pessoas acabam se revelando. Se eu fosse alguma ensandecida e me aproveitasse da ingenuidade da criança para fazer alguma maldade, molestá-la, sequestrar ou algo do gênero? Vai saber? A portas fechadas tudo é possível. E, nos dias de hoje que todos nós andamos meio neuróticos com a vida em si, os acontecimentos nela e com as atitudes das pessoas para com outros, realmente me espantou este pai, aparentemente meio enrolado ao se ver sozinho com a filha, bem desenvolta por sinal, acreditar na boa fé das pessoas.

Bom, que fique claro que as especulações do que poderia ser feito à menininha e sobre a conduta de minha pessoa não passam de hipóteses, rs. Vale a pena ressaltar bem isto! Mas, me deu um alívio que o ser humano não possua somente desconfiança dentro de si. E que apesar de tudo levar a crer que todos são iguais, que ainda se faça diferenciação entre as pessoas, mesmo sem conhecê-las. Já que, não podemos nos responsabilizar e nem responder por terceiros.

Beijos e tenham um excelente feriado!